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Bem-vindo(a) ao meu blog "Mudando a rota". Aqui, compartilho minha jornada e insights sobre transição de carreira, oferecendo dicas e inspiração para quem busca novos caminhos profissionais. Venha descobrir as possibilidades da reinvenção!

Me chamo Patrícia, tenho 28 anos e sou formada em Engenharia Química desde 2019. Durante minha graduação, participei de estágios e projetos de pesquisa para me especializar na área, totalizando quase 10 anos de experiência. Tive a oportunidade de realizar meu estágio obrigatório na WEG, onde posteriormente fui contratada. Passei cinco anos enriquecedores lá, crescendo profissionalmente e realizando o sonho de trabalhar em uma multinacional.

Buscando algo mais

Optei por cursar Engenharia Química, seguindo a tendência do momento, embora não tivesse total certeza se era realmente o que desejava. Ao longo da minha jornada nessa área, comecei a perceber que ansiava explorar outros ramos. O conforto proporcionado pelo salário e benefícios da empresa acabava por me prender, dificultando a busca por novas oportunidades que verdadeiramente me interessavam. O trabalho no chão de fábrica, vestindo jaleco e calçando sapatos de segurança em dias quentes, lidando com tintas, simplesmente deixou de fazer sentido para mim. Enquanto isso, via a tecnologia avançando e o homeoffice se tornando mais comum. Foi aí que percebi que minha área atual não me daria a liberdade que eu buscava.

Mais flexibilidade e liberdade

A tecnologia sempre esteve presente na minha vida devido ao meu círculo de amigos e ao meu namorado, que trabalha nessa área. Desde então, comecei a experimentar e aplicar algumas coisas nos projetos em que estava envolvida. O que realmente me atraia na tecnologia era a sua diversidade e a presença de desafios não convencionais. Além disso, a mobilidade e liberdade que via em quem trabalha nesse campo me encantava. Sempre fui apaixonada por viajar, e perceber que poderia combinar meu trabalho com essa paixão foi um grande incentivo. Comparado ao ambiente tradicional de trabalho, como o chão de fábrica, a tecnologia oferece muito mais flexibilidade, o que era fundamental para mim.

A decisão final

Durante um ano inteiro, enfrentei o desafio de abrir mão de uma oportunidade que sempre desejei: trabalhar em uma multinacional. Os benefícios oferecidos pela empresa tornavam ainda mais difícil decidir sair. Recorri à terapia para me desapegar da ideia de continuar em algo que não me fazia bem e para me libertar da pressão de que abandonar uma carreira era um erro. A decisão final veio quando percebi que não conseguia mais me imaginar fazendo aquelas mesmas atividades pelo resto da vida, então tomei a decisão de pedir demissão. Durante esse período, também explorei a nova área para começar a me adaptar.

Uma surpresa muito positiva 

Minha jornada como trainee nos últimos seis meses tem sido uma surpresa muito positiva para mim! Estou gostando muito mais do que eu esperava! Enfrentar desafios como não ter um conhecimento sólido no início foi um choque para mim, especialmente porque estava acostumada a dominar o assunto em meu trabalho anterior. Lidar com o desconhecimento de certos conceitos era e ainda é um pouco frustrante. No entanto, ver o meu progresso desde a primeira semana de trabalho tem sido incrivelmente motivador. Cada pequena vitória me mostra que estou no caminho certo e me dá mais confiança para continuar aprendendo e me desenvolvendo na área de programação.

Eu tenho buscado ampliar meus conhecimentos em tecnologia de diversas maneiras. Geralmente, estudo após o trabalho, aplicando o que aprendo em projetos em andamento e buscando maneiras de melhorar as tarefas que realizo. Além disso, tenho feito cursos na Alura, os quais têm sido extremamente úteis para o meu aprendizado. Uma decisão que tomei este ano foi iniciar o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Escolhi esse curso para ter uma introdução à computação e para me envolver em todo o processo de aprendizagem. 

Tenho me sentido verdadeiramente realizada e motivada durante esta jornada de transição de carreira, apesar dos desafios e frustrações que enfrento. A cada tarefa que realizo, percebo meu progresso e a capacidade de resolver problemas de forma mais independente. Quando consigo superar algo complexo, isso me enche de esperança para o futuro e reforça minha confiança em minhas habilidades.

Além disso, o ambiente na empresa tem sido extremamente motivador. Todos são acolhedores e prestativos, sempre prontos para me oferecer suporte quando necessário. Trabalhar de chinelo e shorts é um dos fatores que contribuem para minha felicidade diária também.

Conselhos para quem pensa em migrar

Para aqueles que estão pensando em mudar de carreira, minha sugestão é não se prender a algo que não traz satisfação. Esteja aberto a explorar novas oportunidades e buscar a felicidade. Embora o processo possa ser desafiador, pode ser incrivelmente recompensador. Não me arrependo da minha decisão, o apoio das pessoas próximas, torna a transição um pouco mais fácil.

- Esteja preparado para sair da sua zona de conforto. A mudança pode ser assustadora, mas é onde o crescimento acontece.

- Invista tempo em aprender novas habilidades e esteja aberto a novas experiências. Nunca é tarde para aprender algo novo.

- Tenha paciência consigo mesmo. A transição de carreira pode ser um processo demorado e desafiador, mas lembre-se de que cada passo dado é uma conquista.

Conclusão

Mesmo enfrentando muitos desafios e momentos frustrantes, vale a pena seguir nossos desejos e não nos prendermos à ideia de que é tarde demais para mudar. O processo de transição faz parte da vida, e ter o apoio de pessoas queridas torna o caminho mais suportável.

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Patrícia Carvalho

Formada em Engenharia Química pela UNISUL, MBA em Gestão de Projetos pela USP, e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo SENAC.

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