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Abordaremos nesse artigo as melhores práticas para utilização das técnicas de teste de caixa preta.

Teste de aplicativo não se trata apenas de encontrar bug, mas de investigar, analisar e garantir que a sua entrega será com qualidade em todos os aspectos possíveis (qualidade do código desenvolvido, dos requisitos acordados, dos padrões adotados e afins).

Com a crescente busca por uma entrega cada vez mais ágil, é oportuno falarmos que nada adianta entregarmos algo que está em desacordo com o que foi combinado com os stakeholders.

Dessa forma, conhecer e adotar técnicas para automatizar os testes fazem toda a diferença na hora de validarmos a entrega do produto.

Assim, abordaremos nesse artigo as melhores práticas para utilização das técnicas de teste de caixa preta.

Afinal, o que é teste de caixa preta?

Os testes de caixa-preta, é uma validação de software na qual determinada funcionalidade é verificada, sem levar em conta a estrutura do código-fonte, os detalhes de implementação ou os cenários de execução. Nos testes de caixa-preta, o foco é apenas nas entradas e saídas do sistema, sem se preocupar com a estrutura interna do programa.

Nesse sentido, esse tipo de teste também é conhecido como teste funcional, já que busca garantir que os requisitos funcionais do produto estão consistentes.

Desvendando a caixa preta

A partir disso, ele é comumente realizado utilizando-se da experiência do usuário, ou seja, através da interface do produto.

Com isso, para aumentarmos a qualidade e, consequentemente, blindarmos o software de falhas, entendemos que todas as entradas/saídas possíveis precisam ser testadas.

Contudo, sabemos que isso - na grande parte dos casos - é humanamente impossível. 

Ademais, a falta de clareza dos requisitos pode (e vai) impactar nas entradas e saídas aceitas para o teste. 

Isso quer dizer que, além da volumetria de dados que teremos que validar, eles podem não ser adotados nos testes.

Por exemplo: imagine que você utiliza apenas números para testar um campo de CPF, mas o desenvolvedor utiliza o campo como string (caracteres alfanuméricos).

Percebeu que os dados utilizados em seu teste podem não ser aceitos por desconsiderar uma grande parte de dados que podem (mas não devem) ser aceitos?

Tendo isso em mente, existem algumas práticas que visam amplificar a efetividade dessa técnica. Desse modo, existem vários métodos que podem ser aplicados na hora de optar pela técnica de caixa-preta. A seguir vamos comentar brevemente sobre alguns deles:

Partição de equivalência

Imagine que você tenha um campo que receba apenas números pares. É necessário validar que o tal campo não recebe todos os números ímpares?

Segundo a técnica de partição de equivalência, não. Ela afirma que, sendo o resultado final correspondente para diferentes entradas, basta ordená-las em conjuntos e testar apenas um dado de cada.

No caso do cenário que formulamos, o número 5 e o número 11 possuem a mesma saída (são ímpares), logo, basta testar com um deles. Assim, ao invés de 2 testes com resultados equivalentes, teremos um contemplando a mesma saída.

Análise de valor limite

Essa técnica sugere que sejam utilizados apenas os valores que estejam no limite permitido. 

Assim, se você quer validar, por exemplo, que para uma dada operação o usuário deve ter idade superior a dezoito anos, os melhores valores para o teste são: 17, 18 e 19, já que estão no limite do valor mínimo permitido (18).

Tabela de decisão

A tabela de decisão é um método importante para documentar regras de negócios que o sistema deve cumprir. Estas são criadas a partir da análise da especificação funcional e da identificação destas regras de negócios. A tabela de decisão contém as condições de disparo, combinações de verdadeiro e falso para cada entrada de dados, bem como a ação que resulta de cada combinação.

Casos de uso

Os casos de uso descrevem as interações entre os atores, que podem ser usuários ou outros sistemas, os quais possuem pré-condições que devem ser atendidas para atingir o funcionamento correto do software. Os casos de uso terminam com pós-condições, que são resultados observáveis e o estado do sistema após a execução. Esta técnica é útil para definir testes de aceitação, nos quais o usuário e/ou cliente participa.

Considerações finais

Os testes de caixa-preta são validações que permitem obter um conjunto de condições de entrada que verificam todos os requisitos funcionais de um software. Entre as vantagens deste tipo de teste estão: eliminar a necessidade de testes extensivos; servir como um guia para selecionar o conjunto de dados de entrada para teste, com alta probabilidade de detecção de defeitos; não precisar de acesso ao código-fonte; haver uma separação entre as perspectivas do usuário e do desenvolvedor.


Fonte: www.treinaweb.com.br / blog.geekhunter.com.br

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